Trazemos todos uma bagagem de aprendizado e, com ânsia de crescer,
estabelecemos lá na pátria verdadeira uma série de compromissos e em nossa
consciência está fixada a rota e a meta a atingir, só dependente das nossas
escolhas o cumprimento dos nossos objetivos.
Muitas vezes achamos que o homem é produto do meio em que
ele vive, isto é, se nasce em um ambiente desorganizado sob o ponto de vista
moral ele será um ser imoral, mas temos a oportunidade de ver crianças nascidas
com pais viciados ou marginalizados se tornarem exemplos de cidadãos
cumpridores de seus deveres. Isto se dá porque, independente do meio em que é
criado, o ser traz em si as etapas já vencidas e o seu nível de amadurecimento
espiritual.
Desde o momento de nosso despertar, ainda crianças no corpo,
visualizamos no mundo de hoje uma série de situações que nos confundem e
ficamos perdidos sobre o que viemos fazer aqui.
Os pais de hoje se empenham em dar mais o material e deixam
de lado o emocional, gerando uma carência afetiva em seus filhos que se
refletirá muitas vezes em mecanismos de fuga ou isolamento que comprometerá o
percurso estabelecido.
No modelo antigo, pai como provedor e mãe orientadora
educacional presente, visualizamos uma maior segurança nesse ser que tinha
sempre com quem partilhar experiências e emoções novas, hoje ele é deixado com
pessoas pouco habilidosas e às vezes até sozinhas seguindo os companheiros de
mesma idade, sob a influência dos meios de comunicações que incorporam um
consumismo exagerado, bem como a valorização do ter em detrimento do ser.
Importante aos pais dessa nova era organizar horários e, uma
vez envolvidos nessa missão de educar e orientar seus filhos, o faça com equilíbrio
e amor, afinal, se bem feita a parte que lhes cabe, uma sensação do dever bem
cumprido será o alívio e o autorrespeito é muito importante para todos nós.
Mesmo tendo feito tudo em conformidade, muitas vezes
acontece de pais sofrerem desgostos e sofrimentos atrozes por conta das
escolhas individuais dos filhos. Isso tem acontecido muito na atualidade com
relação aos vícios, seja do álcool, das drogas, do sexo, enfim uma série de
escolhas lamentáveis em que jovens de famílias bem estruturadas e até com poder
aquisitivo privilegiado estão sendo envolvidos.
Quando compreendemos que nosso filho é um ser individual,
com uma evolução diferente da nossa, que tem seus compromissos e que não
podemos anular a nossa existência por conta das escolhas e dos estágios em que
eles ainda terão que passar para alavancarem a sua evolução nos tornaremos mais
serenos e apesar de visualizarmos um momento de dor circunstancial por conta do
processo em que estão envolvidos, lembremos que existe um Pai amoroso que a
todos conduz de forma paciente. Importante buscar sempre na fé o sustentáculo
para essa etapa e pensarmos que tudo passa e que essa é uma provação que é
concedida a espíritos fortes e capazes de ampliarem seus horizontes para uma
programação eterna e não limitada a esse momento.
Viver de forma plena, buscando sempre crescer a cada dia,
faz de nós vencedores, primeiramente de nós mesmos, pois tudo que fizemos no
passado ainda insiste em nos conduzir, por isso a observação tão pertinente do
Mestre Jesus, orar e vigiar para não cair em tentação.
Quando estamos nos orientando sempre por essa bússola do
evangelho, nos sentimos gratos e confiantes de que a vida segue rumo à
plenitude do ser irradiando amor e conquistando a cada dia a sua purificação.
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